Vasopressores e inotrópicos à beira-leito: escolhas práticas, acesso venoso e segurança
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Falar não é informar. E motivar não é convencer. No consultório, o modo como você explica o diagnóstico e propõe o tratamento pode ser tão decisivo quanto o conteúdo da prescrição. Neste texto, você verá como transformar a comunicação clínica em uma ferramenta estratégica para aumentar a adesão terapêutica e fortalecer a relação médico-paciente.
Após a anamnese e o exame físico, o momento de informar o diagnóstico exige mais do que repetir termos técnicos. Prefira frases curtas, vocabulário acessível e evite palavras de forte carga emocional. Dizer que o paciente tem um “tumor” é menos impactante do que usar o termo “câncer”, por exemplo. Dependendo do contexto, você pode escolher entre:
Um tratamento só funciona quando o paciente “compra a ideia”. E isso exige envolvimento. Explique a lógica da conduta — por que ela faz sentido, como age, o que esperar. Use exemplos simples:
Essas perguntas simples validam o paciente e reduzem a resistência!
A motivação não nasce de broncas ou ameaças! Ela se fortalece com reconhecimento, metas realistas e pequenas vitórias. E isso vale especialmente para pacientes com baixa adesão. Algumas boas práticas:
Dar uma má notícia é um desafio inevitável. Mas há formas de torná-lo mais humanizado:
Lembre-se: mais do que o impacto da notícia, o que marca o paciente é como ela foi comunicada.
Você não precisa (nem deve) mudar seu estilo clínico. Mas precisa aprender a usar as técnicas certas no momento certo. Cada paciente requer uma abordagem personalizada. A comunicação bem feita não é só empática — é também estratégica, ética e clínica.

Gabriel Henriques Amorim é médico (CRM-SP 272307), especialista em Educação na Saúde pela USP e residente de Medicina de Família e Comunidade no Hospital das Clínicas da FMUSP. No blog da Manole, compartilha conteúdos práticos, baseados em evidências, voltados para o dia a dia do cuidado em saúde.
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