
O que é neurossífilis e por que ela ainda desafia os médicos?
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A pele negra possui características únicas que demandam cuidados específicos e atenção especial na dermatologia.
Neste artigo, vamos explorar os principais desafios e recomendações para manter a saúde e a beleza da pele negra, destacando a importância de produtos adequados, prevenção de doenças e as melhores práticas de cuidados diários.
Prepare-se para descobrir dicas valiosas que valorizam e protegem a pele negra.
Em um contexto social, por muito tempo, o cuidado específico para certos tons de pele foi desconsiderado ou recebeu pouca importância. De certa forma, os procedimentos foram todos direcionados à pele branca e tratados como algo universal.
Porém, recentemente, o cuidado direcionado especificamente para a pele negra tem ganhado a devida importância, reconhecimento e um volume crescente de material de apoio e conhecimento para a prática de uma dermatologia segura e orientada.
Com cada pele apresentando suas nuances e formas de tratamento, além de um contexto social, histórico e científico, a dermatologia tem se tornado muito mais detalhista e dedicada a cada tipo de pele e aos cuidados necessários. Não é apenas a dermatologia da pele negra que tem avançado, mas sim a dermatologia como um todo.
Quando falamos sobre cuidados dermatológicos, os tratamentos e procedimentos têm de ser direcionados e particulares, ou seja, únicos para cada paciente e tipo de pele. Cada pele de cada paciente tem uma formação e superfície diferenciada, além de constituições distintas, fazendo com que alguma medida generalista possa ser prejudicial ao paciente.
Agora, sobre os aspectos característicos da derme, podemos observar que, na pele negra, a quantidade de melanina é mais elevada, o que confere cor e proporciona maior nível de proteção contra os raios solares.
Além disso, a pele escura possui menos lipídios no estrato córneo, e esses níveis estão inversamente correlacionados com a perda de água transepidérmica, sendo mais pronunciados em pessoas negras do que em pessoas brancas, o que se relaciona diretamente ao teor de água na pele.
Os cabelos também apresentam variações em aparência, formas, propriedades mecânicas e teor de água. Os melanossomas, organelas responsáveis pela síntese e deposição de melanina, são grandes, dispersos e não estão agregados na epiderme.
Em contraste, na pele branca, os melanossomas são menores, mais agregados e localizados nas camadas inferiores.
Para falar sobre a melanina na pele negra, é importante entender as diferenças dessa substância em diferentes tipos de pele. Clinicamente, a quantidade de melanina na epiderme é o que confere à pele seu tom.
Não há diferença na quantidade de melanócitos entre os diferentes tipos de pele; no entanto, a densidade de melanina na epiderme é o dobro na pele mais pigmentada em comparação com a pele menos pigmentada.
A degradação dos melanossomos dentro dos queratinócitos ocorre de forma mais lenta na pele com pigmentação mais intensa. Embora o aumento da melanina proporcione proteção contra os efeitos nocivos da radiação ultravioleta, essa mesma característica pode tornar as peles com pigmentação escura mais suscetíveis à hiperpigmentação pós-inflamatória.
Além de aspectos estruturais, a forma como os problemas afetam a pele negra também são diferentes. Confira a abaixo uma relação com os problemas mais comuns na pele negra:
A acne é uma condição comum que afeta diversas populações, principalmente em indivíduos com pele negra. Isso se dá por conta do maior tamanho das glândulas sebáceas fazendo com que mais sebo seja produzido e impacte na presença da acne.
Sua etiologia é multifatorial, e nas populações de fototipos V e VI, a acne apresenta características clínicas distintas, resultando em complicações como a hipercromia pós-inflamatória. Essa condição pode impactar negativamente a qualidade de vida dos pacientes.
O tratamento da acne deve ser rápido e eficaz, focando não apenas nas lesões primárias, mas também na hipercromia, que muitas vezes gera mais preocupação. O uso de retinóides tópicos é recomendado para reduzir tanto a acne quanto a hiperpigmentação.
Para peles sensíveis, opções como o adapaleno são preferíveis. Além disso, cuidados preventivos, como o uso regular de protetor solar e higienizadores suaves, são essenciais para melhorar a qualidade de vida dos indivíduos afetados.
O melasma é uma condição de hiperpigmentação da pele que resulta na formação de manchas escuras, principalmente no rosto, e pode afetar a autoestima e a qualidade de vida das portadoras. É mais comum em mulheres em idade reprodutiva e em pessoas de pele morena mais escura.
Os principais fatores de risco incluem a exposição ao sol, alterações hormonais e o uso de certos medicamentos. Embora o diagnóstico se baseie em avaliação clínica e histórico pessoal, a prevenção é fundamental e envolve o uso diário de protetor solar de amplo espectro. O tratamento pode incluir agentes clareadores, peelings químicos e, em casos mais resistentes, terapias a laser.
A dermatite atópica, ou eczema, afeta a pele negra de maneira semelhante à pele clara, apresentando secura, prurido e placas inflamadas. No entanto, a vermelhidão não é visível na pele escura, e o espessamento da pele resulta em um padrão quadriculado.
O tratamento envolve cremes anti-inflamatórios e emolientes, seguindo princípios semelhantes aos da pele clara. Alterações de pigmentação, como clareamento e escurecimento, são comuns, mas geralmente benignas.
O uso adequado de corticosteróides tópicos, sob orientação médica, pode controlar a condição sem causar despigmentação. Consulte um profissional de saúde para cuidados específicos sobre eczema na pele negra.
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Falando mais sobre a hidratação, é crucial para a pele negra, que pode ser mais suscetível a ressecamento. É recomendado o uso de hidratantes que contenham ingredientes que ajudem a manter a umidade, como ceramidas.
Além disso, a proteção solar é um aspecto frequentemente mal compreendido; há um mito de que a pele negra não precisa de proteção contra os raios solares. Apesar da maior fotoproteção conferida pela melanina, a pele negra também pode manchar e desenvolver câncer de pele.
Portanto, a aplicação diária de protetor solar é indispensável para prevenir queimaduras e hiperpigmentação, tornando-se uma parte essencial da rotina de cuidados com a pele negra.
Esse post foi baseado em um capítulo do livro Dermatologia para Pele Negra da Manole. Agora que você já sabe melhor sobre alguns cuidados básicos, venha aprender ainda mais sobre a pele negra!
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