
O que é neurossífilis e por que ela ainda desafia os médicos?
A neurossífilis é uma infecção do sistema nervoso central causada pelo Treponema pallidum. Saiba como identificar, diagnosticar e tratar essa…
A Doença de Alzheimer (DA) é a forma mais comum de demência e, frequentemente, sua apresentação típica sendo a perda de memória recente e comprometimento funcional progressivo . No entanto, a DA pode se manifestar de diferentes maneiras, com variações nos sintomas.
O diagnóstico da Doença de Alzheimer envolve a identificação de certos sinais biológicos e exames específicos, como:
Esses critérios permitem um diagnóstico mais preciso da DA, embora a manifestação dos sintomas possa variar entre os pacientes, o que pode gerar algumas dúvidas no diagnóstico.
Como parte essencial, é importantíssimo para o tratamento apropriado do paciente, um diagnóstico preciso, ainda mais se tratando da doença de Alzheimer, condição com muitas variáveis que podem alterar a leitura do quadro do paciente.
O principal fator de risco para a Doença de Alzheimer é a idade avançada. A partir dos 60 anos, a incidência de demências, incluindo o Alzheimer, aumenta progressivamente, com o número de diagnósticos crescendo à medida que a pessoa envelhece.
Além disso, podem ser notados como outros fatores de risco:
O diagnóstico da Doença de Alzheimer é baseado na história clínica do paciente e de sua família, sendo fundamental a presença de sintomas cognitivos ou comportamentais que comprometam a funcionalidade do indivíduo.
No entanto, o exame neurológico, nas fases iniciais, geralmente não revela alterações significativas. A progressão da doença varia de pessoa para pessoa, e a duração total pode ser de cerca de 12 anos, embora possa variar entre 2 e 25 anos, dependendo do caso. Fatores como idade, sexo e gravidade da doença influenciam diretamente na sobrevida dos pacientes.
É essencial que os diagnósticos diferenciais, como depressão e estado confusional agudo (delírio), sejam cuidadosamente excluídos antes de confirmar o diagnóstico de Alzheimer. A evolução clínica da doença pode ser dividida em três fases distintas, que ajudam a compreender o avanço dos sintomas e a adaptação do tratamento ao longo do tempo.
Para avaliar o estado mental de pacientes, são comumente utilizados testes cognitivos que fornecem uma mensuração objetiva das capacidades cognitivas. O Miniexame do Estado Mental (MEEM) é o teste mais utilizado no Brasil e no mundo.
Na versão brasileira, os escores médios variam de acordo com o nível de escolaridade: para analfabetos, a pontuação média é 20; para indivíduos com 1 a 4 anos de escolaridade, é 25; para 5 a 8 anos, é 26,5; para 9 a 11 anos, é 28; e para aqueles com mais de 11 anos de escolaridade, é 29.
Além do MEEM, o Montreal Cognitive Assessment (MoCA) tem se mostrado eficaz no diagnóstico da Doença de Alzheimer. O MoCA é um teste rápido, com duração entre 10 a 20 minutos, e a pontuação máxima possível é 30 pontos. Considera-se normal uma pontuação acima de 26.
Esse teste é particularmente útil para detectar deficiências cognitivas leves e pode ser complementado por outros exames, como o teste de fluência verbal e o teste do desenho do relógio, que também são usados para avaliar diferentes aspectos da função cognitiva.
Em alguns casos, quando a avaliação clínica do médico não é suficiente para confirmar o diagnóstico, um exame neuropsicológico mais detalhado pode ser necessário.
Além disso, existem questionários específicos que podem ser respondidos por cuidadores ou familiares, oferecendo informações adicionais que auxiliam no diagnóstico e no acompanhamento da progressão da doença. Esses testes e avaliações ajudam a construir um quadro mais preciso do estado cognitivo do paciente, permitindo um tratamento mais adequado.
Além de um diagnóstico que abrange diversas possibilidades e particularidades, o tratamento pode seguir duas abordagens distintas, permitindo que o médico escolha a mais adequada e viável para cada paciente, de acordo com suas necessidades específicas e sintomas de Alzheimer.
Os principais objetivos deste tratamento são melhorar a funcionalidade, a qualidade de vida e a autonomia dos pacientes. Para isso, é essencial que o cuidado seja realizado por uma equipe multidisciplinar, incluindo nutricionistas, fisioterapeutas, fonoaudiólogos e enfermeiros.
Os sintomas comportamentais e psicológicos da demência, como agitação e agressividade, devem ser abordados adequadamente. Fatores como a impactação fecal ou desconfortos físicos também precisam ser tratados, pois podem agravar os sintomas.
Os familiares e cuidadores devem receber orientação e apoio contínuo, aprendendo técnicas de comunicação adequadas e estratégias para lidar com o paciente. Isso é fundamental para garantir que os cuidados sejam mais eficazes desde o diagnóstico.
Além disso, é importante que as famílias observem as necessidades do paciente e adotem práticas que ajudem a manter a qualidade de vida, respeitando as limitações e promovendo o bem-estar.
O tratamento farmacológico da Doença de Alzheimer visa estabilizar o comprometimento cognitivo e comportamental dos pacientes. As principais medicações disponíveis são os inibidores da acetilcolinesterase (Ache), como donepezila, rivastigmina e galantamina, além da memantina, um antagonista não competitivo dos receptores NMDA de glutamato.
A prescrição de Ache deve começar com a menor dose possível, sendo escalonada a cada 4 semanas até alcançar a dose máxima tolerada. Esses medicamentos são indicados para as fases leve e intermediária da doença, e seus efeitos incluem melhora na cognição e no funcionamento global dos pacientes.
Os principais efeitos adversos dos Ache incluem náuseas, vômitos, anorexia, perda de peso, dor abdominal, diarreia, síncope, bradicardia, cefaléia, tontura, fadiga e sonolência.
A memantina, indicada para as fases intermediária e avançada, tem uma dose diária recomendada de 20 mg. Os efeitos colaterais mais comuns da memantina são catalepsia, insônia, agitação, alucinações, diarreia e incontinência urinária.
Além disso, em casos de agitação e agressividade, quando os pacientes não respondem a estratégias não farmacológicas, podem ser utilizados antipsicóticos típicos como tratamento de segunda linha.
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