
Celulite e erisipela: como diferenciar e por que isso importa no tratamento?
Celulite e erisipela são infecções cutâneas comuns, mas que exigem decisões rápidas sobre antibiótico, via de administração e necessidade de…
Autora: Larissa Kallas Curiati
• A história clínica e o exame físico completo são fundamentais para a avaliação da baixa estatura.
• É importante para avaliar o potencial genético de estatura da criança e é realizado de forma diferente entre os sexos:
– Sexo feminino = [(altura do pai (cm) + altura da mãe (cm) – 13)/2] ± 5 cm
– Sexo masculino = [(altura do pai (cm) + altura da mãe (cm) + 13)/2] ± 5 cm
• Indicador de extrema importância na avaliação do crescimento. Após o nascimento, a velocidade de crescimento (VC) reduz progressivamente até a puberdade, quando apresenta uma nova aceleração durante o estirão puberal.
• Relação segmento superior/segmento inferior – útil na avaliação de baixa estatura desproporcionada:
– Segmento inferior = medida da sínfise púbica até a planta dos pés.
– Segmento superior = estatura – segmento inferior.
• O diagnóstico laboratorial pode ser direcionado de acordo com a suspeita clínica, a história clínica e exame físico. Nos casos nos quais não houver suspeita etiológica, deve-se realizar uma triagem em busca de alguma doença de base que for silenciosa:
– Hemograma completo, ferritina.
– VHS, proteína C reativa (PCR).
– TGO, TGP, gamaglutamiltransferase, proteínas totais e frações.
– Ureia, creatinina, sódio, potássio.
– Cálcio, magnésio, fósforo, fosfatase alcalina.
– Gasometria venosa.
– Antiendomísio IgG e IgA, antitransglutaminase IgA e IgA total.
– TSH, T4 livre.
– IGF1, IGFBP3.
– Urina I.
– Protoparasitológico de fezes.
– Cariótipo (sempre em meninas).
– Observação: teste de estímulo para avaliar a produção de GH deve ser solicitado pelo especialista na suspeita de deficiência de GH.
• Radiografia de mão e punho (para avaliação da idade óssea, segundo método de Greulich-Pyle).
• Ressonância de sela túrcica (na suspeita de deficiência de GH ou alteração de sistema nervoso central).
• O tratamento da baixa estatura depende essencialmente da sua etiologia, e o prognóstico da estatura final é multifatorial, incluindo duração da baixa estatura, avanço ou atraso da idade óssea e estágio puberal.
• O tratamento da baixa estatura de causa não endocrinológica consiste basicamente no tratamento da doença de base, enquanto o paciente com baixa estatura de causa endocrinológica deve ser encaminhado para seguimento com endocrinologista pediátrico.
• Paciente de 4 anos, sexo feminino, parda, comparece em consulta de rotina. Mãe refere que a paciente é a menor da turma no colégio e que demora a perder roupas. Refere que desde a introdução alimentar, aos 6 meses, percebeu uma redução na velocidade de crescimento (VC).
• Antecedentes pessoais: recém-nascida de termo, adequada para a idade gestacional, nega internações ou cirurgias prévias, nega comorbidades, nega alergias ou uso de medicação contínua. Desenvolvimento neuropsicomotor sempre dentro do esperado.
• Alimentação: mãe refere alimentação saudável e balanceada, com boa aceitação.
• Sono adequado.
• Vacinação adequada.
• Hábitos urinários normais.
• Hábitos intestinais: evacuação diarreica na maioria das vezes, com episódios intermitentes de distensão abdominal.
• Antecedentes familiares:
– Mãe tem diabete tipo 1, tireoidite de Hashimoto, com 160 cm de estatura, menarca aos 13 anos.
– Pai: hígido, com 175 cm de estatura, refere ter desenvolvido a puberdade na mesma época dos colegas da escola.
– Irmão de 6 anos com crescimento adequado.
• Estatura-alvo: 161 cm ± 5 cm (escore Z entre 0 e -1).
• Exame físico geral sem alterações.
• Antropometria:
– Peso 10 kg (escore Z -3).
– Estatura 92 cm (escore Z entre -2 e -3).
– Relação segmento superior/segmento inferior: 1,36.
– Índice de massa corpórea: 11,8 kg/m2 (magreza).
– Tanner M1P1.
• Hipóteses diagnósticas:
– Baixa estatura proporcionada + desnutrição.
• Foram solicitados exames de investigação para baixa estatura:
– Exames gerais sem alterações.
– Cariótipo 46,XX.
– Antiendomísio IgA e IgG e antitransglutaminase IgA: positivos.
• Hipótese diagnóstica: baixa estatura secundária a doença celíaca.
• Conduta: encaminhamento ao gastroenterologista, para colonoscopia com biópsia.
Curiati LK. Baixa estatura na criança: diagnóstico e tratamento. InforMed, 2022. Disponível em: https://app.informed.digital/conteudo/6061a8200f822472cefffbbb.
Alves CAD. Baixa estatura. In: Alves CAD. Endocrinologia Pediátrica. 1st ed. Barueri: Manole; 2019.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretária de Atenção à Saúde. Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos. Portaria conjunta nº 28, de 30 de novembro de 2018. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas da Deficiência do Hormônio do Crescimento – Hipopituitarismo. Brasília, DF: Ministério da Saúde; 2018.
Collett-Solberg PF, Ambler G, Backeljauw PF, Bidlingmaier M, Biller BMK, Boguszewski MCS, et al. Diagnosis, Genetics, and Therapy of Short Stature in Children: A Growth Hormone Research Society International Perspective. Horn Res Paediatr. 2019; 92(1):1-14.
Grimberg A, DiVall SA, Polychronakos C, Allen DB, Cohen LE, Quintos JB, et al. Guidelines for Growth Hormone and Insulin-Like Growth Factor-I Treatment in Children and Adolescents: Growth Hormone Deficiency, Idiopathic Short Stature, and Primary Insulin-Like Growth Factor-I Deficiency. Horm Res Paediatr. 2016;86(6):361-97.
Setian N. Crescimento: abordagem da criança com baixa estatura. In: Damiani D. Endocrinologia Pediátrica na Prática Clínica. 3rd ed. Barueri; Manole; 2018.
Celulite e erisipela são infecções cutâneas comuns, mas que exigem decisões rápidas sobre antibiótico, via de administração e necessidade de…
Evitar alimntos alergênicos durante a gestação e a amamentação não previne doenças alérgicas no bebê — e pode até ser…