
Intoxicação por metanol: o que todo médico precisa saber
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A neurossífilis é uma infecção do sistema nervoso central causada pelo Treponema pallidum. Saiba como identificar, diagnosticar e tratar essa condição que pode simular AVC, demência e psicose.
A neurossífilis é a infecção do sistema nervoso central pelo Treponema pallidum, a mesma bactéria responsável pela sífilis.
Ela pode se manifestar em qualquer fase da infecção, desde os estágios iniciais até os mais tardios — e é justamente essa imprevisibilidade que torna o diagnóstico um desafio até hoje.
Já nas fases tardias, a infecção se estende ao parênquima cerebral e medular, levando a formas graves como:
Apesar de ser uma doença conhecida há séculos, a neurossífilis voltou a crescer junto ao aumento global de casos de sífilis. E o alerta é duplo: seus sintomas podem imitar outras condições neurológicas, como AVC, esclerose múltipla, demência ou psicose.
⚠️ Atenção: nem todo paciente com neurossífilis apresenta lesões cutâneas ou história clara de sífilis recente.
O diagnóstico é feito principalmente por punção lombar com análise do líquor, associando dados clínicos e laboratoriais.
O médico deve sempre considerar a neurossífilis diante de sintomas neurológicos inexplicados, especialmente em pacientes com histórico de ISTs.
O tratamento ideal:
Para pacientes alérgicos
Após o tratamento, é necessário monitorar o líquor a cada 6 meses até sua normalização. O início precoce do tratamento é decisivo para evitar sequelas neurológicas permanentes.
A neurossífilis não é uma doença do passado. Ela continua presente nos consultórios e emergências, muitas vezes travestida de quadros neurológicos ou psiquiátricos comuns. Pensar em neurossífilis pode ser o ponto de virada entre reverter o quadro ou permitir uma deterioração irreversível.
Referências
Gabriel Henriques Amorim é médico (CRM-SP 272307), especialista em Educação na Saúde pela USP e residente de Medicina de Família e Comunidade no Hospital das Clínicas da FMUSP. No blog da Manole, compartilha conteúdos práticos, baseados em evidências, voltados para o dia a dia do cuidado em saúde.
Gabriel Henriques Amorim é médico (CRM-SP 272307), especialista em Educação na Saúde pela USP e residente de Medicina de Família e Comunidade no Hospital das Clínicas da FMUSP. No blog da Manole, compartilha conteúdos práticos, baseados em evidências, voltados para o dia a dia do cuidado em saúde.
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